30/01/2010

FILOSOFANDO

O estudo de filosofia é essencial porque não se pode pensar em nenhum homem que não seja solicitado a refletir e agir. Isso significa que todo homem tem (ou deveria ter) uma concepção de mundo, uma linha de conduta moral e política, e deveria atuar no sentido de manter ou modificar as maneiras de pensar e agir do seu tempo.

A filosofia oferece condições teóricas para a superação da consciência ingênua e o desenvolvimen to da consciêrccia critica, pela qual a experiência vivida é trans formada em experiência compreendida, isto é, em um saber a respeito dessa experiência.

Em última análise, cabe à filosofia fazer a crítica da cultura.

Só assim será possível desvelar as formas de dominação que se ocultam sob o convencionalismo, a alienação e a ideologia.

No entanto, bem sabemos que uma das características dos Estados autoritários é impedir o ensino da filosofia e silenciar a crítica dos pensadores, a fim de garantir a obediência passiva dos cidadãos.

Isso já aconteceu no Brasil quando, a partir de 1971, o ensino de filosofia desapareceu das escolas de 2º grau durante treze anos e os cursos de filosofia do 3º grau se esvaziaram a ponto de algumas faculdades terem cogitado a sua extinção.


 

O trabalho é a atividade humana por excelência, pela qual o homem intervém na natureza e em si mesmo. O trabalho é condição de transcendência e, portanto, é expressão da liberdade.

Veremos no Capítulo 2 (Trabalho e alienação) que o trabalho, para atingir esse nível superior de condição de liberdade, não depende apenas da vontade de cada um. Ao contrário, inserido no contexto social que o torna possível, muitas vezes é condição de alienação e de desumanização, sobretudo nos sistemas onde as divisões sociais privilegiam alguns e submetem a maioria a um trabalho imposto, rotineiro e nada criativo. Em vez de contribuir para a realização do homem, esse trabalho destrói sua liberdade.

(Do livro "FILOSOFANDO, INTRODUÇÃO À FILOSOFIA" de Maria Lúcia de Arruda Aranha)

16/01/2010

Leontiev

É de Leontiev a afirmação de que a "relação entre o progresso histórico e o progresso da educação é tão estreita que se pode, sem risco de erro, julgar o nível geral do desenvolvimento histórico de uma sociedade pelo nível de desenvolvimento do seu sistema educativo e vice-versa".

(do livro "O Que É Psicologia Social" – Sílvia T. Maurer Lane)

Alexei Nikolaevich Leontiev (em russo: Алексей Николаевич Леонтьев) (19031979) foi um psicólogo russo. A partir de 1924, depois de graduar-se em Ciências Sociais, aos vinte anos, Leontiev passou a trabalhar com Lev Vygotsky. Foi relevante a sua participação na proposição de construção de uma psicologia cultural-histórica. Morreu de ataque cardíaco em 1979.